19 de outubro de 2012

Acidez no ônibus


     Todo fim de semana eu pego ônibus de Curitiba para Ponta Grossa, e já reparei que existem alguns diálogos bem constantes e algumas situações bem corriqueiras... e com o passar do tempo, irritantes. Sempre fico com vontade de me meter na conversa alheia e de responder à algumas delas:

Situação: Fulaninho olha pra passagem e procura pelo número da sua poltrona, que é no corredor. Quando encontra, a pessoa que comprou a poltrona da janela ainda não chegou.
- Ah, vou sentar na janela mesmo, não tem ninguém.
Tenho vontade de responder assim:
- Senta mesmo, Cláudia. Afinal, as poltronas tem números só pra bonito.

Situação: Todos sentadinhos e bonitinhos e o motorista entra para dizer que é proibido fumar dentro do ônibus, que a viagem vai durar mais ou menos duas horas e que o sinto de segurança é obrigatório. Sempre tem o Ciclano que diz:
- É, tem que usar sinto de segurança, mas se o ônibus cair no lago a gente morre tudo afogado.
Tenho vontade de responder assim:
- Com certeza! Até porque tem um lago enorme e extremamente profundo entre Curitiba e Ponta Grossa. E a probabilidade do ônibus cair no lago com certeza é bem maior do que ele dar uma freada brusca e o senhor sair voando até a cabine do motorista.

Situação: infeliz desgraçado ouvindo música alta (sim, acredite, já aconteceram algumas vezes).
Tenho vontade de: arrancar o celular da pessoa à força e jogar pela janela do ônibus. Mas pra ser mais civilizada, eu diria:
- Oi amigo, será que você poderia colocar fone de ouvido? É que nem todo mundo gosta da mesma coisa que você.
Geralmente a pessoa que escuta música alta tem no máximo 5 neurônios e vai responder algo do tipo:
- Foda-se.
E depois disso, a vontade seria de reagir exatamente assim (desculpa os palavrões, mas dá nos nervos, né?).

Situação: Beltrano senta do meu lado e começa a puxar papo, só que o cara é um mala, xarope e sem noção.
- Ah, você anda de skate? Eu amo Tony Hawk! Quando eu era moleque eu manda uns ollie por cima de um muro de uns 3 metros que tinha lá perto de casa, eu era o rei do skate na minha época! Depois me mudei pra Venice e comecei a surfar e ganhei vários campeonatos, era massa, nossa, bons tempos. Minha galera me chamava de Surfista Prateado porque eu usava uma sunga prateada sabe... na época era moda. Nossa que bonita sua mochila, muitos bonitos os tons cinzas dela. O que você guarda na sua mochila?
Tenho vontade de: fingir um desmaio. Uma vez eu pensei seriamente em pedir pra trocar de lugar com alguém, dizer pra pessoa que o cara tava me incomodando. O máximo que já fiz foi dizer:
- Ah, sim, aham, é, aham, sim, legal, aham, legal, só, legal, ô, aham, bem legal. Viu, vou tirar um cochilo, tchau.
E olha que eu já tentei colocar o fone de ouvido também. Mas tem gente que simplesmente ignora a bolha invisível que o fone de ouvido cria ao nosso redor.

     E aí, já aconteceu algo assim com você? Como lidar? O que você tem vontade de fazer?

2 comentários:

  1. Eu não pego mais ônibus, UHUUU!
    Aqui em Ubatuba é tudo perto, então este é um hábito que ficou lá no RJ, rs. Mas já passei por situações semelhantes, e a pior de todas é a pessoa que ficava roçando no braço... argh! A outra, eram os cultos matinais... sério, eu achava meio falta de respeito ser obrigada a ficar ouvindo pastores gritando dentro do trem... em plena 6 horas da manhã :/

    Algumas pessoas não tem um pingo de respeito em transporte público, infelizmente.

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  2. Graças a Eru, sempre tive sorte com viagens de ônibus. Uma ou outra vez que sentava alguma mulher com filho ou alguma senhora tagarela, mas nada anormal demais hehehe

    Bjins =***


    p.s: Obrigada pela visita no meu blog, volte sempre! ;)
    E qual o meu esmalte favorito? Vixe, a cor eu sei, mas o esmalte realmente é difícil escolher, viu! Hahahaha
    Só pra não ficar sem responder digo que o Rock da Colorama, porque é preto(com cintilância esverdeada) e tem boa cobertura :D

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