25 de setembro de 2013

Lembranças - Honestidade é foda


     Hoje fui de bicicleta pra aula pela primeira vez. São apenas 4,2 km segundo o Google Maps, e saí de casa às 7h00 pois não tinha ideia de quanto tempo levaria. Nunca tinha feito o caminho de bicicleta antes, seria uma descoberta. Às 7h15 eu parei em um posto de gasolina pra calibrar meus pneus que estavam um pouquinho vazios. Perdi uns dez minutos tentando encaixar a ponta da mangueira no bico do pneu, e não estava nem na metade do caminho. Logo depois que saí do posto, escutei um barulho estranho, como se tivesse passado por cima de algo quebradiço... olhei mais de uma vez e não descobri o que era. Continuei por mais uma quadra, quando resolvi olhar as horas no meu celular. Parei, procurei num bolso, no outro, no da calça... putz! Era isso o barulho, meu celular tinha caído!
     Voltei voando, pedalando na marcha mais pesada numa subida aguda. Ao chegar na altura de onde havia escutado o barulho, um homem segurava um celular e olhava fixamente pra ele, apertando as teclas. Era o meu celular. Me aproximei e falei, nem agressiva e nem muito educada, acho que meio assustada: "Moço, você achou esse celular agora?". "Não", ele simplesmente respondeu. Olhei pro celular e vi minha foto e do meu namorado no papel de parede... Olhei fixamente pro homem, que não devia ter nem 30 anos, e falei com firmeza: "Moço, esse celular é MEU", e estendi a mão em sua direção. Fiquei meio preparada pra caso ele não me devolvesse... "engatei" o pedal da bicicleta e estava pronta pra pegar o celular da mão dele e sair pedalando. Mas ele me devolveu. Eu não consegui sequer agradecer, não senti que ele merecia um obrigado. A única coisa que consegui dizer foi "Honestidade é foda", num tom irônico. E ele me devolveu um "É, por isso que eu devolvi". Saí pedalando sem olhar pra trás.
     Passei o restante do caminho (mais da metade, como disse antes) pensando nos 20 segundos daquela situação. Um homem que, indagado sobre a verdade, mentiu, e que pressionado, revelou-se. Eu sentia ao mesmo tempo raiva e um pouco de remorso. E se eu tivesse abordado o homem com um amigável "Ô moço, você achou meu celular, muito obrigada!", será que ele teria amolecido e me entregado com um sorriso? Ou será que teria agido da mesma maneira, e tudo teria terminado da mesma maneira? Será que o homem está pensando no que aconteceu, assim como eu? Será que se arrepende de ter mentido? Será que se arrepende de ter me entregue o celular?
     O que sei é que fiquei bem chateada com a situação. Passei o dia todo lembrando dos olhos azuis do homem me encarando fixamente ao dizer que não, ele não tinha acabado de achar celular...

15 de setembro de 2013

Lembranças - O sabiá

     Por esses dias que os sabiás voltaram a cantar, e é uma cantoria que começa às três da manhã. Só que antes do calorzinho chegar e eles começarem a se animar, eu já ouvia um canto que lembrava o de sabiá, mas muito diferente. Desde o gelado inverno de Curitiba. Aí o calor foi chegando e o canto diferente continuou junto com os outros.
     Certa manhã cedinho, caminhando até o ponto de ônibus, no horário em que os passarinhos mais cantam, vi um serzinho diferente. Tinha tamanho de sabiá, jeito de sabiá, perna de sabiá, cabeça de sabiá, asa de sabiá... mas era branco. Todinho branco. Por um momento classifiquei como pomba, mas era pequeno pra pomba. Parei e fiquei analisando o bichinho. Voou. Mas eita, parecia muito um sabiá.
     Semanas depois vi o passarinho branco de novo, dessa vez mais pertinho. E ele cantava... e pra minha surpresa, era o mesmo canto diferente que escutava muito antes da primavera. Não havia mais dúvidas... era um sabiá, só que albino!
     Fui pra internet, e descobri que é algo muito raro, assim como pessoas albinas. E que o pobre bichinho pode nunca encontrar uma companheira, pode ficar solteirão pra sempre. E isso só por ser... diferente. Acho que é por isso que o Branquinho, coitadinho, vem cantando desde o inverno.

Assim é que são os sabiás albinos. Fonte.

9 de setembro de 2013

O mimimi do novo Batman - Ben Affleck pode SIM ficar ótimo no papel


     Antes que você mal leia o título e já venha querendo me dar tapa na cara, leia tudo o que eu tenho pra dizer.     
     Tá todo mundo me zoando porque quando eu descobri, que na falta de Christian Bale, o Ben Affleck seria o novo Batman do filme da sequência de Homem de Aço, eu adorei. De verdade, até comemorei. Eu estava esperando coisa beeeem pior. Nomes como Richard Armitage, Matthew Goode, Max Martini, Joe Manganiello e até o Ryan Gosling estavam na listinha dos possíveis Batmans. Não que eles sejam os piores que eu estava esperando, é só pra vocês terem uma ideia das cartas que estavam em jogo. 
     O que me deixa puta de todo mundo estar querendo ver o Ben Affleck flopar como Homem Morcego é que, porra, ele é um ótimo ator! E quero dizer bem na cara de quem tá criticando que essa reprovação sem motivo é completamente precipitada. Alô galera, só porque Demolidor foi um lixo, não quer dizer que o novo Batman também será. Demolidor nem deveria ter ganhado um filme... na minha opinião é o herói mais sem sal de todos (mais que o Aquaman!). E toda essa revoltinha contra o Ben Affleck lembra, e muito, o mimimi que fizeram quando escolheram o Heath Ledger pra ser o Coringa. Deu no que deu, o cara sambou na cara de todo mundo e é tido como a melhor atuação do personagem até agora.


     Ok, é difícil se desligar de um ator que interpretou super bem um personagem, ainda mais quando se rata do Batman da trilogia do Christopher Nollan. Mas vamos inverter os papéis. E se o Batman já fosse o Ben Affleck e o novo "substituto" fosse o Christian Bale? Qual seria o mimimi?
     Eu espero, do fundo do coração, que o filme seja incrível e que o Ben Affleck supreenda assim como o Heath Ledger... porque o que eu quero é um Batman bem interpretado, não importa com que ator. E você? #TeamBale, #TeamAffleck ou sem mimimi?

2 de setembro de 2013

Ilustração - Mica Angela e filha

     Quando criança eu desenhava em qualquer pedacinho de papel. E tinha fascinação por materiais escolares novos, principalmente os cadernos de desenho, lápis, canetinhas coloridas e lápis de cor. E com certeza eu não fui/sou a única. A ilustradora Mica Angela Hendricks tem uma filha de 4 anos que se sente assim. Um dia ela chegou em casa com um sketchbook novo, que havia mandado fazer especialmente para ela, e a filhota insistiu que queria pra ela; ela cedeu, mas já tinha desenhado alguma coisa, que a filha prontamente completou. Mica gostou da brincadeira, e finalizando os rabiscos das duas com cores e hachuras, nasceram as ilustrações super interessante que você vê a seguir:

 
 
 
 
  

 


     Uma boa brincadeiro pra quem tem filhotes criativos! Você pode encontrar outras ilustrações da Mica aqui, aqui e aqui.
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